Over & Out ou a arte de bem navegar...
Ninguém consegue navegar se não largar as amarras...lógico. Passa-se o mesmo com a vida. Não conseguimos viver se ainda estivermos presos ao passado. Temos que largar amarras e deixar o tempo e a maré afastarem nos do cais...Facil de dizer, mais dificil é esperar pelo tempo e até mesmo pela maré...
Adeus pé firme. As ondas balançam-nos e temos que manter o equilibrio -no principio precário, eu sei. E depois ha fases na nossa vida que mais parecem o estofo da maré...nem sobe nem desce. Não vamos a sitio nenhum, nao saimos dali. E sem vento...ohoh....ha estofos da maré que duram anos...
O vento tem que ser a nossa energia, nascida da nossa força e dos impulsos exteriores...mas temos k ser nós a chamar o vento (porque nao?? os indios tambem chamam a chuva).
Eu gosto de chamar o vento, quando parece prestes a extinguir se nas minhas mãos...quando parece que estou prestes a ir ao fundo com a ancora!
Gosto da adrenalina de ir até ao fim de uma rabanada de vento para saber para onde depois devo dirigir o leme...não consigo saber antecipadamente onde vou virar para este ou oeste...ou quantos graus a sul de determinado ponto faço a viragem final....vou indo pela minha energia fora...improvisando ate que no "red moment" iço o spi e apanho o rumo certo (agora que já nao me precipito tanto).
Também já não tento controlar e reger a minha vida por mapas ou cartas de navegação...apenas pequenos trajectos...para o resto da viagem acredito em mim, nos meus ideais e nos meus afectos, que me levam sempre a portos seguros...embora as vezes, fora de horas.