domingo, maio 11, 2008

Lisboa

O fadinho,









mora sempre por castigo



















num bairro antigo, num bairro antigo



e a seu lado para falarem à vontade




mora a saudade, mora a saudade



mais em frente numa casa de pobreza


vive a tristeza, vive a tristeza



tem corrido
os velhos bairros,












sempre à toa




mas mora em lisboa




mas mora em lisboa



Quando vai cantar lá fora














tem uma ideia bizarra










leva um estribilho que chora





na voz triste da guitarra












canta lá dias a fio


mas depois numa ansiedade


volta sempre num navio







chamado














saudade...
.
.
.
.
Esta é a minha cidade.
E estas são pequenas memórias que guardo,
de um tempo em que a àgua de beber, vinha de Caneças, em bilhas seladas.
Em que o pão era posto num saco de linho, pendurado na nossa porta, enquanto dormíamos.
Em que o leite era grosso, pesado, cheio de nata.
Memória de pregões, peixe em canastras de vime, aguas furtadas desenhadas em céu azul.
Bom, ainda ser possivel respigá-la em pequenos momentos e recantos. :)