quarta-feira, setembro 27, 2006

O verdadeiro propósito das relações...


..."na verdade, quando pensamos que estamos a escapar, estamos frequentemente, ainda que não o saibamos, a correr o mais que podemos para no envolvermos precisamente naquilo que tememos. Nas relações, em particular, parecem existir correntes submersas ocultas que utilizam os nossos desejos e intenções conscientes, para produzir o efeito oposto ao que pretendemos.
De facto, parece que qualquer relação significativa tem uma vida própria independente, com um propósito oculto à nossa percepção consciente.

....Nunca sentiu que os seus maiores esforços de navegar para porto seguro e se afastar da catástrofe serviram simplesmente para o fazer nufragr nos próprios bixios que tanto tentava evitar?

...Quando faço uma retrospectiva de quase cinquenta anos de vida, apercebo-me de que tentei sempre descobrir a chave elementar, que explicasse porque razão nós, seres humanos, suportamos tanto sofrimento no envolvimento com os nossos iguais...

...o que acabei por entender foi que as nossas relações mais marcantes existem por uma razão muito diferente daquela em que acreditamos, quer pessoalmente enquanto individuos, quer colectivamente como sociedade. O seu verdadeiro objectivo não é fazer-nos felizes, não é satisfazer as nossas necessidades, não é definir o nosso lugar na sociedade, não é manter-nos seguros...mas sim fazer-nos crescer para a Luz.

A questão de base é que, juntamente com as pessoas a quem nos encontramos ligados por laços de sangue, de casamento ou de afinidades profundas, seguimos uma rota definida com riscos e obstáculos, concebida para nos levar de um ponto de evolução para outro.

Na realidade, só teríamos a ganhar se, ao procurar entender a natureza frequentemente perturbada das relações humanas, nos recordassemos que existe uma eficiencia impecável e implacável no Universo, cuja meta é a evolução da consciencia.

E o que sempre, sempre impele essa evolução é o desejo"...

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Neste planeta em constante contracção, cada um de nós é, como nunca o foi antes, o guardião do seu irmão.


Pela primeira vez, existe em todo o mundo um elevado número de pessoas psicologicamene astutas, conscientes dos seus proprios sentimentos, comportamentos e motivações, bem como dos sentimentos, comportamentos e motivações dos outros.

Ao mesmo tempo estamos a ficar psiquicamente em maior sintonia uns com os outros e com outras dimensões da existência.

Aproxima-se o tempo em que deixam de poder existir a separação e o isolamento quanto à "minha perda", a "tua necessidade", o "sofrimento dele" ou a "fome dela".
Sentiremos cada vez mais os "fardos" uns dos outros e espero, estaremos dispostos a ajudar a carrega-los, reconhecendo que também são nossos.

Os maravilhosos ensinamentos da Era de Peixes -amor, sensibilidade, compaixão e perdão- vão ser-nos úteis quando aprendermos a alargá-los, não só aos nossos irmãos e irmãs mais proximos, mas tambem a todas as pessoas, em todo o lado, ao corpo da Humanidade, do qual fazemos parte.


Robin Norwood -"Porque eu? porque isto? porque agora?"



Um livro comprado em Novembro/o3 e que me ajudou a evoluir, a secar algumas lágrimas persistentes e a acreditar -ainda mais- no sentido da vida.

Julgo que é a primeira vez que vos deixo algo, escrito por outra pessoa, que não eu.

Faço-o hoje e com um enorme carinho e admiração, pela Luna.

Em troca do chá e do mel, que ontem aqui me aguardavam...